Thursday, June 30, 2005

isto é só um convite..

Esquece o que eles dizem sobre um grande amor, quem podia mais querer te como eu? Nada que acredite conseguir mostrar pois é algo teu.
Não existe um fim do que existe em nós, nunca vês o fim do que existe em nós, do que existe em nós... somos nós o fim do que existe em nós
É só mais um começo.
Vamos ver o sol, ver o mundo a morrer
Lá fora não nos faltam filmes para ver e fazer
O filho deita-o pela boca e deixa o puto crescer
Confortavelmente no seu corpo...
Vamos pelo chão deste mundo esquecer
Que agora nada tem um brilho de colher e comer
Sobra sempre um dia para nos rendermos a estar
Lamentavelmente num só corpo...
Vais ter de arranjar outro deus e ser um braço do bem, seja lá o que isso fôr..
Cá estarei no fim dessa espera até ao tempo do que era e não volta a ser.. isto é só um convite.
é que eu ando tao perdida, já tinha decidido ser feliz para sempre
Eu não sei o que quero, e é por isso que eu procuro.
Nao vês como é bom dizer “eu tentei”? ..tu sabes como sabe bem, meu bem..
Não faças deixa que aconteça agarra no momento p’ra que não desapareça, Não faças deixa que aconteça agarra no momento, agarra no momento.
Segue me á luz, na escuridão não.

Bem vindo a ti meu amor

roubado a: teia

Friday, June 24, 2005

beco


Já era tarde. Os domingos passam muito depressa. Raul parara de chupar no dedo e dormia e sorria. A mãe veio chamar o João e ele levou a bola. O sol a pouco e pouco desapareceu atrás das casas e a rua encheu-se de sombras. As pessoas corriam as persianas. O homem da loja enrolava o toldo. Das janelas baixas vinha o barulho de conversas misturadas com o ruído dos pratos dos talheres e o da televisão.
A Ana que tinha estado quase sempre calada durante toda a tarde, disse que tinha frio.

A Ana quer
nunca ter saído da barriga da mãe
cá fora está-se bem
mas na barriga também era divertido
o coração ali à mão
os pulmões ali ao pé
ver como a mãe é
do lado que não se vê
O que a Ana mais quer ser
quando for grande e crescer
é ser outra vez pequena
não ter nada que fazer
não ser pequena e crescer
de vez em quando nascer
e voltar a desnascer
a Ana quer...

A irmã mais velha da Ana pegou-lhe na mão e levou-a para casa. Virou-se para trás olhou para o Pedro e disse-lhe: Até amanhã.

Manuel António Pina
In: "o beco dos gambozinos"

Wednesday, June 22, 2005

pézinho ao léu

além do imenso calor que corre pelas ruas do porto.. corre-me nas veias. depois das mil-e-uma noites mal passadas, como a cabeça demorava a adormecer. é de noite que começa a funcionar o bloquinho das lembranças, nao deixa a cabeça parar, que por sua vez nao me deixa adormecer. mas tudo tudo, para dizer que, agora, descanço.

descanças-me? descalças-te?

 Posted by Hello

e realmente pensamos. um obrigado a todos, por crescermos tanto assim.

Tuesday, June 21, 2005

mãos-de-tesoura


Picture 021
href="http://www.flickr.com/people/60153789@N00/">teia.
e a cantar baixinho para mim, voltei a vê-lo. com a banda sonora desde quando era pequenina, volta a nevar em mim. sensações que nunca descreverei, mas que entendo muito bem dentro de mim. como uma melodia que me percorre o corpo, uma melodia funda. mais uma vez me desfaço, e entro no sonho.

Thursday, June 16, 2005

cheguei a casa duma tarde de exercícios.
conhecia o cheiro, conhecia o sabor, conhecia o som, estava a sala cheia de recordações, e na televisão, o sound of music.
mais uma das muitas vezes, fiquei agarrada. vejo este filme sempre como se fosse a primeira vez, sabendo as falas. quando acabou o filme, começou o torbilhão de sensações em mim. de saudades e olhares. como este filme me traz de novo, me traz a infancia, me traz o sonho, as recordações melhores. o meu filme, convosco gentes-de-longe. este filme que meche com tudo, e em tudo. este filme, que traz mesmo e deixa, um cheiro tão conhecido.. cheira a marezia. mar-de-mim.

Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things

Cream colored ponies and crisp apple streudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things

Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things

When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad

rapariga dos cheirinhos.

novas gentes, sorrisos contentes.

rir, mas não é esse rir, não!, aquele, de pernas para o ar!
aquele sorrir, aquele sorriso interior que transborda. hoje ia na rua e vi uma senhora rir-se, rir mesmo! mesmo mesmo. sozinha, a correr, como quem corre para a vida, como quem vai ser feliz.
hoje senti tanta saudade desse sorriso..
estive nos jardins do palacio de cristal, cada vez me sinto mais viva naqueles verdes. a biblioteca, para onde ia estudar, tem andado ocupada porque "todo-o-mundo" anda a preparar os exames, e ontem, vi um estudante na biblioteca que me chamou. por tudo e por nada, por ter uma cara das minhas, e por precisar de caras novas. saiu da biblioteca á mesma hora que eu, e fui para onde ele foi. desceu o caminho de terra batida, as escadinhas, passou os baloiços, o jardim-da-infancia,e sentou-se na relva, naquele espacinho onde dá o sol com paisagem sobre o rio. pôs os phones e enrolou-se com a musica. enrolou-me tambem a mim.
hoje nao quiz enfiar-me num sitio fechado, fui para as mesas ao ar livre onde todos os casais comiam gelados. eram seis mais meia, ele voltou. desceu as escadinhas, passou os baloiços, o jardim-da-infancia,e sentou-se na relva. como um ritual, enrolei-me na musica, e quando ele foi embora, eu fui tambem, deixando o corpo para traz, numa mesa de jardim.

solange saborosa. passaram dias por nós, temos uma vida.


um cogumelo para ti. daqueles da infancia, vermelho e de veludo maciinho. que seja como nós, um cogumelo do mundo do sonho. gosto de cogumelos, principalmente do meu!

Tuesday, June 14, 2005

so long, farewell..

 Posted by Hello


entre pequenos voos, e pequenos caminhos, e pequenos deslizares, sinto-me na maior viagem da minha vida. todos os passos e encontros são a chegada mais proxima do meu crescer saudável. do cheirinho a coisas que me fazem feliz. explodo ao ver-nos, ao ver-me tão contente convosco. com um brilhozinho nos olhos. gosto tanto de vos poder ter..

There's a sad sort of clanging from the clock in the hall
And the bells in the steeple too
And up in the nursery an absurd little bird
Is popping out to say "cuckoo"

Cuckoo, cuckoo

Regretfully they tell us
Cuckoo, cuckoo
But firmly they compel us
Cuckoo, cuckoo
To say goodbye ...

Cuckoo! ... to you

So long, farewell, auf Wiedersehen, good night
I hate to go and leave this pretty sight

So long, farewell, auf Wiedersehen, adieu
Adieu, adieu, to yieu and yieu and yieu

So long, farewell, au revoir, auf Wiedersehen
I'd like to stay and taste my first champagne
Yes?
No.

So long, farewell, auf Wiedersehen, goodbye
I leave and heave a sigh and say goodbye -- (falsetto) Goodbye!

I'm glad to go, I cannot tell a lie
I flit, I float, I fleetly flee, I fly

The sun has gone to bed and so must I
So long, farewell, auf Wiedersehen, goodbye

Goodbye, goodbye, goodbye

Goodbye!

Friday, June 10, 2005

Traffic In The Sky

there's kids playing games on the pavement
drawring waves on the pavement
shadows of the planes on the pavement
its enough to make me cry.

Thursday, June 09, 2005

Little Yellow Spider

One, two, three, four

Little yellow spider, laughing at the snow
Well maybe that spider knows something that I don't know
'Cause I'm goddamn cold

Little white monkey, staring at the sand
Well, maybe that monkey figured out something I couldn't understand
Who knows?

Well, I came upon a dancing crab, and I stopped to watch it shake
I said, "Dance for me just one more time
Before you hibernate and you come out a crab cake"

And hey there, little snapping turtle, snapping at a shell
Ah, there's mysteries inside, I know
But what they are I just can't tell for sure

And hey ya, little baby crow, you're looking kind of mean
I think I oughta spit before you start letting off your steam
For sure

And hey there, little sexy pig, you mated it with a man
And now you're got a little kid with hooves instead of hands

And oh, all of the animals
All of the animals

And hey there, little mockingbird, they sing about you in songs
Ah, where you been? Have you broke a wing?
I haven't heard you in so long

And hey there, little albatross, swimming in the air
Ah c'mon, you know I can't fly
And I, I think we really oughta play fair

And hey there, Mr. happy squid, you move so psychadelically
You hypnotize with your magic dance all the animals in the sea
For sure

And oh, all of the animals
All of the animals

And hey there, Mr. morning sun, what kind of creature are you?
I can't stare, but I know you're there
Goddamn, how I wish I knew

And hey there, Mrs. lovely moon, you're lonely and you're blue
It's kind of strange, the way you change
But then again, we all do too

devendre banhart - yo' little sexy pig

Wednesday, June 08, 2005

sistema pouco-provável, andamos?

solange este, outro, atrazado. mas chega sempre a tempo se for para deixar um beijinho no nariz. cinco dias depois de mim, os beijinhos seguem outras caras.
coisas escritas nao chegam, para explicar como é connosco. mas num futuro, próximo ou não, vamos encontrar-nos na praia e deitarmo-nos nas ondas, nós e a pulseira. minha tristeza é saber que te perco para o ano.. até ao proximo "futuro ano". deixo beijinhos para gastar noutras caras, até voltarem á minha, com mais musicais marcantemente "picantes" e histórias da terra-do-nunca. sempre sininho, ao colo do peter pan.

Sunday, June 05, 2005

gato preto, gato branco


Na matemática do dia, na correria da noite. A suzi, o rui, a vó, o vô, o mi, a “mãe tisha”, o tu, o tiago, o raul, a teresa, a mãe, o esquimo e eu, hoje jantamos na mesa do quintal. Jantar de anos. Mais um. Nas conversas crusadas onde cada um diz o que acha interrompendo outros para rir e sorrir, dos copos de sumo entornados, no rui a falar, no miaaar do esquimó (elemento mais novo da casa).. em tudo um pouco, cai a noite.
Escada, escada, outra, escada. Corri até lá a cima para buscar o novo aparelhozinho e mostrar ao tiago. Peguei, estava alguém esquecido no quarto. Deitei-me com ela, a “matilda” (bonsai, já não tão pequenino). Começei por fazer um festinha pequenina, ela pediu mais. e com saudades voltou a pedir mais e mais. deitadas em posição enrolada, no tapete do quarto que dá para o ceú. Fizemo-nos festas e contamos tudo o que tinhamos por contar, com mimos e olhares. Finalmente paramos, ouvia-se o ronronar. E sabia tão bem, a calma do som. Lá em baixo tocava a amelie, aos pulos de sorrisos e conversas com palavras do abcedário. Num segundo comprido senti que os corpos deitados no tapete, tinham adormecido. O espirito, a alma, seja la o que isso for, voavam e tocavam-se no ar. E no suave toque, viam-se as nuves de sonhos. Voltei para mim, e ela para ela. Miámos, e saí. Desci as escadas, suspirei, e mostrei o aparelhozinho. Coisa pequenina.

Saturday, June 04, 2005

encontros e despedidas

Mande notícias
do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto
É poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda
É poder voltar
Quando quero

Todos os dias
É um vai e vem
A vida se repete
Na estação
Tem gente que
Chega pra ficar
Tem gente que
Vai pra nunca mais
Tem gente que
Vem e quer voltar
Tem gente que
Vai e quer ficar
Tem gente que
Veio só olhar
Tem gente a
Sorrir e a chorar

E assim chegar
E partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida
A hora do encontro
E também despedida
A plataforma
Dessa estação
É a vida
Desse meu lugar
É a vida
Desse meu lugar
É a vida

Todos os dias
É um vai e vem
A vida se repete
Na estação
Tem gente que
Chega pra ficar
Tem gente que
Vai pra nunca mais
Tem gente que
Vem e quer voltar
Tem gente que
Vai e quer ficar
Tem gente que
Veio só olhar
Tem gente a
Sorrir e a chorar

E assim chegar
E partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida
A hora do encontro
E também despedida
A plataforma
Dessa estação
É a vida
Desse meu lugar

maria rita

lado esquerdo

O meu lado esquerdo
é mais forte do que o outro
é o lado da intuição
É o lado onde mora o coração

O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo

O meu lado esquerdo não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo.

clã

eu, trasparente.