Friday, September 09, 2005

ecos

De repente apeteceu-me escrever. Cai do meu mundo. Cai, deixei que me fizessem cair. E cai para me apercerber de que estava alto sem poder. Nao podia porque nao sabia, nao sei, tudo sobre estar la, em cima.
É bom estarmos com gente de que gostamos, e de repente sentirmos um bem estar grande que fica misturado e nebulado com bebidas e fumos que deixam marcas de risos.

Quando olhou para o lado estava sozinha. Era noite e fazia frio na praia, mas estava quente por dentro, mesmo que fosse um quente irritado e remexido. Era noite de estrelas e noite de estrelas foi. Foi noite de abraços e emoçoes, noite de pegadas feitas e por fazer. Pensou em pegadas antigas, ou pegadas nao tao antigas.. e de alguma forma arrependeu-se de ter ido tao descalça. Sabia-lhe bem ir assim, sem defesas, sem temer o chao.. é dificil ter noção de que nem sempre o chão a recebia liso e pronto a ser pisado. Chorou. Choramingou em silencio, algures no silencio de caras alegres. Numa roda-viva de cores pomposas, sabores novos, caras lindas e apetitosas..esqueceu-se das meias, que deixara em maos conhecidas, mas longes. A musica era triste nesse dia, e só ouvia dessa musica, que faz lembrar tudo.. e chorar até por boas recordaçoes. Abraçou-se em memórias antigas enquanto suspirava, suspiros da cor da saudade. Sentiu-se perdida por dentro, mesmo tendo tanta gente que encontrou perto. Sentiu que talvez se devesse afastar, e fugiu aos mimos de quem tanto tinha gostado.
Perdi-me.. – admitiu.

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