ultimo mergulho

A vinda para lisboa foi custosa, deixaríamos coisas por fazer se viéssemos no dia suposto.. mas para mim, desde sexta feira que estou, noutro sitio qualquer, sem ser na minha própria casa.
fomos á praia, encontramos pelo caminho o diogo, a ines, o vasquinho e o vicente. Na praia estava o joao.
O dia ultimo no norte, esteve perfeito! Nao havia vento, o sol estava mesmo por cima de nós, e água.. impecável.
Fizemos construções na areia com os pequeninos, o castelo do rei, o tunel do rei, enfim, era tudo para o rei.. fomos ao banho mil e uma vezes. As algas tinham ido para outros lados nesse dia, tínhamos a água só para nós. eram quatro da tarde. Partimos no comboio das quatro, pensámos. Fomos para o comboio.. mas desistimos! Mais uma hora na praia.. mham! delicioso! Voltámos a praia, onde o sol nos recebeu de novo.
O ultimo mergulho: era tempo de ir embora, era o ultimo mergulho na minha cidade. Tinha estado na água muito tempo, a boiar. sentir a areia a rebolar dentro de água, o sol na cara, o embalo do mar, cima para baixo, baixo para cima, estava a sentir-me no pais das maravilhas. "-ines, temos dir, ultimo mergulho!" ai que saudades! No fundo era o ultimo mergulho para ir mergulhar em muitos outros mares e rios, mas já não naquele mar, e ali me despedi de tudo e todos daquela cidade. "pr'o ano voltamos para aprender, que há muitas maneiras de ver e viver!"

Embrulhei-me na toalha, como um esquimó, e parti á velocidade do comboio.

os gatos

sao palavras

numa rua desconhecida..

acabei por nos encontrar..

mar adentro

Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.

what if in spite of

wiiso, dia 15 ás 22h em costa cabral. festa log'a seguir no marquês.. para todos, para ti.

vai uma chamadinha?

esquimó, derrete no frio diz:
estou sim?

joana diz:
estou?

esquimó, derrete no frio diz:
joana.é ines..

esquimó, derrete no frio diz:
a campos!

joana diz:
ahhh netxa!

joana diz:
tas boa?

esquimó, derrete no frio diz:
er.. nem por isso..

esquimó, derrete no frio diz:
mas to sem dinheiro..

esquimó, derrete no frio diz:
era so para dizer que tenho sauda...

esquimó, derrete no frio diz:
pi. pi. pi. pi. pi.

joana diz:
ohhhh

joana diz:
estou?

joana diz:
tic tic tic tic tic tic tic

joana diz:
tou?

joana diz:
(liguei te)

esquimó, derrete no frio diz:
sim? joana?

esquimó, derrete no frio diz:
[eu percebi]

esquimó, derrete no frio diz:
[it's your turn]

joana diz:
também tenho saudades tuas!

joana diz:
só q tb nao tou com muito dinheiro...

esquimó, derrete no frio diz:
fazes-me falta, joa..

esquimó, derrete no frio diz:
pi. pi. pi. pi. pi.

joana diz:
ohhhhhh

joana diz:
(ela também me faz muita falta...) digo para mim...

esquimó, derrete no frio diz:
sem saldo.. diz o valdo!

(:

"...ele voltou..."

"Para mim, esta é a mais bela e mais triste paisagem do mundo. É a mesma paisagem da página anterior, mas voltei a desenhá-la para vocês a verem melhor. Foi aqui que o principezinho fez a sua aparição na Terra e, depois,desapareceu.
Fixem bem esta paisagem para a poderem reconhecer se um dia fizerem uma viagem a África e forem ao deserto. Se passarem por ali, suplico-vos: não tenham pressa, fiquem um bocadinho à espera mesmo por baixo da estrela! Se Vier um menino ter convosco, um menino que se está sempre a rir, com cabelos cor de ouro e que nunca responde quando se lhe faz uma pergunta, já sabem quem ele é. E então, por favor, sejam simpáticos! Não me deixem assim triste: escrevam-me depressa a dizer que ele voltou..."
Antoine de Saint-Exupéry, in O Principezinho

praia em biquinhos dos pés

o acordar cedo custava, mas levantava-me cheia de vontade de ir à caça dos gambuzinos.
sentir a areia nos pés e as maos pequeninas a rolarem pelas costas ainda pouco expostas ao sol, lembro-me. entre banhos de agua salgada e banhos de sol quente, havia sempre tempo para imensas gargalhadas e mimos que nos foram aproximando. tempo era o que nao nos faltava, por isso me senti 'pequenina' como eles, com eles. eram horas de ir para casa a pé. ouvia-se o som do trem a passar.. obviamente nao como o som, o verdadeiro som, dos comboios antigos.. nao. era um som moderno, mas fazia lembrar o outro som, antigo, bonito, como quem vê passar todas as estações dum ano a correr á sua frente. baloiçavamos na rede, ao sabor de cerejas. mordiscámos e demos beijinhos até nos lambuzarmos.. com o mundo a nossos pés. tenho saudades tuas, e agora recordo tudo, ao silêncio duma toalha branca.

o monstro precisa de amigos

e mimo.

papagaio de papel

Papagaio, drachen, cometa, papi’as’rka’ny, vozdushiyzmey, kite, drak, papagallo de papel, cerf-volant, many, papierenpapagaai, bad badak, drake, leija, povitriany, latawiec, zmiz, aquilone, papagaios com alma.

Canção dos Abraços

São dois braços, são dois braços
servem pra dar um abraço
assim como quatro braços
servem para dar dois abraços

E assim por aí fora
até que quando for a hora
vão ser tantos os abraços
que não vão chegar os braços

Vão ser tantos os abraços
que não vão chegar os braços
prós abraços

Sérgio Godinho

2 em 1